Desde o início das conversas, ficou evidente que seriam os dois votos da esquerda – PSOL e PT – que garantiam os 12 votos, para derrotar o candidato do prefeito.

 Mandata Vereadora Inês Paz/PSOL

As eleições para prefeito serão daqui a 10 meses. Em Mogi, elas já começaram. A escolha da mesa diretiva para a Câmara Municipal, ocorrida na terça, 12/12, é um exemplo disso. Os escolhidos e as escolhidas ontem vão dirigir a mesa da Câmara no ano das eleições. Não é pouca coisa.

O prefeito Caio Cunha não está governando bem a cidade. Tem alto índice de rejeição na população. No entanto, tem a caneta na mão. Fará de tudo para chegar no segundo turno das eleições do ano que vem.

Para o prefeito conseguir esse objetivo, era muito importante ter a Câmara Municipal a serviço desse seu interesse particular. Movido por essa ganância, o alcaide fez de tudo para garantir a maioria dos vereadores e das vereadoras na votação de terça feira.

Só que a vida não é tão simples assim

Há dois anos, um grupo de vereadores/vereadoras vem se articulando como oposição ao prefeito. Muitas pautas de interesse da cidade foram aprovadas por força desse grupo. Lembrando que, em outra eleição da mesa, esse grupo perdeu a presidência da Câmara por apenas um voto.

De forma inusitada, neste ano,  há mais ou menos cinco meses, começaram as articulações para a eleições da mesa. Desde o início das conversas, ficou evidente que seriam os dois votos da esquerda – PSOL e PT – que garantiam os 12 votos, para derrotar o candidato do prefeito. Não foi nada fácil chegar nesses 12 votos. Muita pressão do prefeito.

Quando esses votos foram consolidados, o Bloco a ser vitorioso passou a exercer um poder de atração sobre outros edis, chegando na votação ao expressivo número de 14 votos.

Prefeito pressiona

Até o último momento, toda parafernália do alcaide voltou suas baterias para tentar mudar a posição da vereadora do PSOL, aprovada por expressivo 2/3 de seu Diretório Municipal.

A pretendida mudança de posição da psolista, desejada pelo prefeito, desestabilizaria o grupo de oposição que se resumiria a 11 votos, portanto, insuficientes para derrotar o prefeito.

Enfraquecer o projeto político do prefeito, ajuda o Movimento Mogi da Esperança

A aliança momentânea que derrotou o prefeito tem contradições. Mas é o que se tem para agora. Enfraquecer o projeto político de Caio Cunha neste momento é fundamental para que o Movimento Mogi da Esperança possa acumular mais forças e chegar forte nas eleições do ano que vem, para concretizar seus objetivos: discutir um programa sustentável de prioridade para a periferia, chegar no segundo turno e ampliar a bancada na Câmara.