O problema de moradia é uma questão social e política, jamais um caso de polícia

Falta uma política de habitação.

Ninguém ocupa um terreno porque gosta. Ninguém mora na beira do rio, no brejo, em encostas de morro ou debaixo de torres de alta tensão porque gosta.

Quem ocupa um terreno é porque não consegue pagar aluguel e, principalmente, porque o poder público não desenvolve uma política habitacional. É o caso de Mogi.

Agora com a crise econômica e com a crise da COVID, a situação piorou. Poucos prefeitos se prepararam para essa nova situação. Falta de aviso, não foi.

A vereadora Inês Paz – PSOL vem visitando as ocupações da cidade, desde o dia 8 de abril, devido à politica desumana do prefeito. Primeiro, foi a casa de  uma família, derrubada na ocupação da Vila São Francisco. Depois, nos dias 11 e 13 de abril, foram as casas no jardim Oropó. Isso sem falar das casas derrubadas no ano passado no Jardim Planalto.

A marca da prefeitura tem sido: derrubar casas, agredir e expulsar moradores.

A justificativa do prefeito é que essas casas estão em área de proteção ambiental. É dever de todos os cidadãos, principalmente das autoridades, garantirem as áreas de proteção ambiental. No entanto, isso não se faz com força policial e sim com políticas públicas, principalmente com um processo pedagógico de conscientização e com política habitacional.  No vídeo divulgado amplamente nas redes sociais, inclusive da Câmara Municipal, dá para sentir o modus operandi da Prefeitura. 

Senhor prefeito, a pergunta continua no ar: para onde vão essas famílias?

Vídeo gravado por uma moradora.